Em uma cerimônia que não contou com o presidente Jair Bolsonaro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, reabriu os trabalhos do judiciário, nesta terça (1), pedindo que o ano eleitoral que inicia seja marcado pela “tolerância” e pela “estabilidade”.
“Este Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição, concita os brasileiros para que o ano eleitoral seja marcado pela estabilidade e pela tolerância, porquanto não há mais espaços para ações contra o regime democrático e para violência contra as instituições públicas”, disse.
Desta forma, o presidente do Supremo defendeu a fiscalização do cultivo aos valores democráticos e afirmou que a pauta do primeiro semestre será dedicada “às agendas de estabilidade democrática e da preservação das instituições políticas”
No discurso que preferiu, Fux também reconheceu que as eleições despertam paixões na sociedade e entre os partidos e políticos que as disputam. Mas ressaltou: “Embora esses sejam sentimentos legítimos, a política também deve ser visualizada pelos cidadãos como a ciência do bom governo” e “as eleições devem ser oportunidade coletiva para realizarmos escolhas virtuosas e votos conscientes voltados à prosperidade nacional”.
As ações de combate à proliferação da covid-19 no Brasil também marcaram o discurso de Luiz Fux, que destacou os avanços da ciência e o esforço do Supremo “para salvar vidas e empregos”. Durante a pandemia, o embate entre o Executivo e o Judiciário no que tange às medidas de isolamento social foram intensos.
O presidente Bolsonaro, contrário ao lockdown disparou por mais de uma vez contra o STF afirmando que o órgão o havia impedido de tomar medidas de enfretamento à doença, o que não foi verdade. Ao invés disso, o Supremo havia julgado ações que conferiram aos governadores autonomia para traçar planos de combate ao vírus, o que não proibia o Executivo Federal de traçar um plano estratégico nacional.
PublicidadeO presidente Jair Bolsonaro não participou da sessão de abertura do ano no Judiciário. A informação era de que ele estaria em viagem para visitar as regiões de São Paulo que foram inundadas na segunda-feira (31) por chuvas. A viagem, no entanto, não constava na agenda presidencial
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