Os partidos que não têm nenhum deputado ou senador vão receber R$ 3,4 milhões do Fundo Eleitoral cada um para financiar as suas campanhas para prefeitos e governadores em 2024. Considerando-se a correção pela inflação, o número representa quase duas vezes e meia o que era em 2020, nas eleições municipais anteriores, ou um aumento de quase 150%.
- Neste ano, nove legendas estão nesta situação: PCB, PCO, PMB, PRTB, PSTU, UP, DC, Mobiliza e Agir.
- As seis primeiras siglas na lista já não tinham representação no Congresso Nacional em 2020, e, de fato, mais que dobraram sua parte a ser recebida do Fundão. O DC, o Mobiliza (ex-PMN) e o Agir (ex-PTC, antes PRN), por outro lado, tinham parlamentares filiados; como a divisão do Fundo Eleitoral leva em conta as bancadas no Congresso, essas legendas perderam verba do Fundo de lá para cá.
O aumento de verba para os partidos “nanicos” se dá porque o próprio Fundo Eleitoral aumentou. No final de 2023, o Congresso Nacional votou o Orçamento para 2024 com um Fundão turbinado, de R$ 4,9 bilhões, sendo que ele era de R$ 2 bi em 2020. Na época, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, chegou a dizer que o valor era “um exagero”.
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Pela regra do TSE, 2% do Fundo deve ser repartido igualmente entre todos os partidos registrados – o que dá R$ 3,4 milhões para cada um. É tudo o que estas nove siglas “nanicas” recebem do Fundão. No total, a verba de Fundo Partidário dedicado a elas soma R$ 30 milhões.
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