A presidenta do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) protocolaram na noite de quinta-feira (12) uma notícia crime junto à Procuradoria-Geral da República contra o presidente Jair Bolsonaro, por fala considerada discriminatória enquadrada legalmente como crime de racismo.
“É um tratamento pejorativo, depreciativo, q evidência racismo, preconceito. É crime, precisa ser combatido e Bolsonaro tem de responder por isso”, declarou a deputada Gleisi Hoffmann ao Congresso em Foco.
A medida se refere a episódio ocorrido ontem, na saída do Palácio da Alvorada, quando Bolsonaro indagou a um apoiador negro se ele pesava “mais de sete arrobas”.
O presidente da República repete o mesmo feito praticado em 2017, durante palestra ao Clube Hebraico do Rio de Janeiro, na qual utilizou o termo “arrobas” para se referir a comunidades quilombolas, comparando os seus habitantes a animais.
Em 2017, ainda como pré-candidato à Presidência da República, Bolsonaro fez ataques de cunho racista contra negros durante palestra no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro. Em discurso para cerca de 300 pessoas, Bolsonaro afirmou ainda que, se fosse eleito, pretendia acabar com todas as reservas de terra de indígenas e quilombolas (descendentes de escravos que vivem em quilombos).
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“Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gasto com eles”, discursou Bolsonaro. “Se eu chegar lá (na Presidência), não vai ter dinheiro pra ONG. Esses vagabundos vão ter que trabalhar. Pode ter certeza que se eu chegar lá, no que depender de mim, todo mundo terá uma arma de fogo em casa, não vai ter um centímetro demarcado para reserva indígena ou para quilombola.”
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