O delegado responsável pela investigação das suspeitas de corrupção no Ministério da Educação (MEC) durante a gestão Milton Ribeiro, Bruno Calandrini, solicitou a prisão de integrantes da cúpula da Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal. Calandrini alega interferência do alto comando da corporação nas apurações do caso, informa o jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles.
Calandrini chefiou a operação que levou à prisão o ex-ministro Milton Ribeiro. O pedido dele foi remetido à ministra Cármen Lúcia, que também está encarregada do inquérito sobre as acusações de tráfico de influência no MEC envolvendo pastores de igrejas evangélicas. Não há um prazo pré-determinado para tomar ela proferir a decisão.
Após prisão de Ribeiro, o delegado chegou a afirmar, em mensagem enviada a um grupo de policiais, que seus superiores estavam impondo obstáculos ao bom andamento da investigação. Ele escreveu na mensagem que não tinha “autonomia investigativa para conduzir o inquérito deste caso com independência e segurança institucional”.
Ainda de acordo com a matéria do Metrópoles, dentro da PF havia expectativa de que Calandrini, que virou alvo de uma sindicância interna após acusar seus superiores de interferir na investigação, recorresse a uma medida extrema. O temor da direção aumentou dias atrás, com a constatação de que o delegado havia pedido ao Supremo uma medida cautelar. Os autos tramitam em segredo de Justiça.
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