Em reunião que avançou a noite dessa segunda-feira (26), a maioria dos integrantes da CPI da Covid definiu o comando do colegiado, confirmando as indicações de Renan Calheiros (MDB-AL) para a relatoria, de Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência, e de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para a vice-presidência. O acordo foi fechado por sete dos 11 titulares da comissão: além de Renan, Omar e Randolfe, participaram da decisão Tasso Jereissati (PSDB-CE), Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE) e Otto Alencar (PSD-BA). Suplente, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também participou do encontro.
O grupo decidiu que, após a instalação dos trabalhos, prevista para as 10h desta terça (27), a CPI voltará a se reunir amanhã para votar o plano de trabalho.
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Virtual presidente da CPI, Omar Aziz ainda avalia se anunciará Renan como relator imediatamente ou se segurará o anúncio até que os tribunais superiores cassem a decisão de um juiz federal do Distrito Federal de impedir a posse do emedebista por ele responder a processo no Supremo Tribunal Federal, atendendo a pedido da deputada Carla Zambelli (PSL-SP), fiel aliada do presidente Jair Bolsonaro. A derrubada da decisão é dada como certa pelos parlamentares e causou indignação no Senado, inclusive no presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que considerou a medida descabida e invasiva em relação à competência da Casa.
Renan já avisou que vai recorrer da decisão do juiz. “A decisão é uma interferência indevida que subtrai a liberdade de atuação do Senado. Medida orquestradas pelo governo Jair Bolsonaro e antecipada por seu filho. A CPI é investigação constitucional do Poder Legislativo e não uma atividade jurisdicional”, afirma. Ele ainda questionou por que o governo tem medo de sua atuação à frente das investigações.
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