O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) os extratos bancários dos quatro anos em que esteve à frente da Presidência. A entrega da documentação cumpre uma exigência determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, após um pedido feito pela Polícia Federal (PF).
A petição de Bolsonaro foi apresentada pelos advogados nesta quinta-feira (24). Segundo os advogados, Bolsonaro se apresenta “de forma espontânea” para afastar a necessidade de “movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão”.
“Em que pese a ausência de qualquer intimação que permitisse a confirmação de tal determinação, o peticionário comparece de forma espontânea aos presentes autos, para apresentar seus extratos bancários, do período em que atuou como Presidente da República, afastando a necessidade de se movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão”, afirma a petição assinada pelos advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser.
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O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) recebeu, em média, R$ 2,8 milhões por mês via pix neste ano, apontam dados de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) encaminhado à CPMI dos atos antidemocráticos. Ao todo, o relatório do Coaf aponta que houve pagamentos para o pix do ex-presidente da República na ordem de R$ 17,2 milhões só nos seis primeiros meses deste ano. Segundo o relatório do Coaf, a conta de Bolsonaro movimentou R$ 18,5 milhões, dos quais R$ 17,2 milhões chegaram via Pix.
No relatório encaminhado à CPMI, o próprio Coaf classifica as movimentações nas contas de Bolsonaro como “atípicas”. De acordo com o órgão, a suspeita é que os recursos tenham sido doados por apoiadores do ex-presidente para pagar multas judiciais recebidas por ele. Parte dos recursos recebidos, indica o relatório, foi convertida em aplicações financeiras e não para pagar dívidas.
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