O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (27) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que seria “ilógico” pedir asilo na Embaixada da Hungria ou fugir das investigações. A resposta do ex-chefe do Executivo foi dada após o magistrado pedir explicações sobre a hospedagem em um prazo de 48 horas.
Conforme imagens reveladas por reportagem do New York Times nessa segunda-feira (25), Jair Bolsonaro se refugiou na Embaixada da Hungria durante os dias 12 e 14 de fevereiro. Com o feriado de Carnaval, o espaço estava praticamente vazio à exceção dos diplomatas que vivem lá.
A estadia se deu quatro dias após a deflagração da Operação Tempus Veritatis, que apreendeu o passaporte do ex-mandatário e pediu a prisão de militares e civis suspeitos de organizar tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para manutenção no poder do então presidente.
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Durante a estadia na representação húngara, Bolsonaro esteve acompanhado por dois seguranças e encontrou-se com o embaixador húngaro, Miklós Halmai, e membros da equipe. O New York Times acrescenta que o fato de estar na Embaixada permitiria que Bolsonaro não fosse preso no âmbito da investigação, uma vez que se trata de um espaço onde as autoridades locais não o atingiriam.
“Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, rebate a defesa do ex-presidente.
Na petição, os advogados de Bolsonaro também reforçam a relação de proximidade entre o ex-chefe do Executivo e o ultradireitista e primeiro-ministro da Hungria. Viktor Orbán. Nas redes sociais, o húngaro manifestou apoio a Bolsonaro após a deflagração da Operação Tempus Veritatis, chamando-o de “um patriota honesto” e desejando que ele “continue lutando”.
Publicidade“São, portanto, equivocadas quaisquer conclusões decorrentes da matéria veiculada pelo jornal norte-americano, no sentido de que o ex-presidente tinha interesse em alguma espécie de asilo diplomático, conclusão a que se chega bastando considerar a postura e atitude que sempre manteve em relação as investigações a ele dirigidas”, acrescenta a defesa.
Com informações da Agência Brasil
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