O procurador-geral da república Augusto Aras arquivou um pedido enviado por parlamentares da Câmara dos Deputados para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue possíveis irregularidades na empresa offshore gerida por familiares do ministro da economia Paulo Guedes nas Ilhas Virgens Britânicas, um dos paraísos fiscais do Caribe.
Quando assumiu o cargo de ministro, em janeiro de 2019, Paulo Guedes notificou a Comissão de Ética Pública do governo sobre a existência da empresa Dreagnoughts International, companhia limitada com patrimônio de cerca de US$ 9,5 milhões. Ele também informou ter saído da gestão, condição necessária para comandar o Ministério da Economia.
O conjunto de reportagens Pandora Papers, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, já revelou em outubro de 2021 que Paulo Guedes manteve sua esposa na chefia da empresa, e que o quadro societário mantinha uma de suas filhas.
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A revelação pública da offshore trouxe revolta entre parlamentares de oposição, que abriram diversos pedidos de investigação à PGR. A principal preocupação dos autores era que, além de Guedes poder utilizar a empresa para a prática de evasão fiscal, o patrimônio da companhia é contabilizado em dólares, moeda que sofreu brusco aumento em relação ao Real ao longo de sua gestão no Ministério da Economia.
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