O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acatou uma reclamação contra a juíza federal Gabriela Hardt, da vara de Curitiba, por violação do princípio da impessoalidade. Hardt foi foi juíza da Operação Lava-Jato após a saída de Sergio Moro, que assumiu o Ministério da Justiça em 2019. Na condução dos processos, ela decidiu pela condenação do presidente Lula no processo sobre o sítio em Atibaia.
A magistrada já era questionada na época do processo em função da semelhança entre a sentença proferida por ela e a proferida por Moro no ano anterior, também contra Lula. O ex-deputado estadual Tony Garcia, autor da reclamação, também chama a atenção para o fato de a juíza ter dado andamento mais rápido do que o comum a um dos processos da lava-jato, indicando seu interesse no resultado.
Garcia ainda alegou que Gabriela Hardt “tinha conhecimento de fatos potencialmente criminosos praticados pelo então juiz Sérgio Fernando Moro e procuradores da república, mas manteve-se inerte”, inclusive retaliando o parlamentar quando este a alertou sobre os supostos fatos, não citados na decisão do CNJ.
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O corregedor nacional de Justiça Luis Felipe Salomão deu à juíza o prazo de quinze dias para que ela possa se explicar a respeito da reclamação de Garcia, contados a partir da noite do dia 17.
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