Sua Excelência, o povo. E acima dele, Sua Excelência, o Excelentíssimo povo mais pobre. Assim, o novo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), resumiu o foco da sua gestão. Ao tomar posse, ele reiterou nesta segunda-feira (2) o compromisso do governo Lula para retirar o Brasil do chamado “mapa da fome”, a exemplo do que havia ocorrido nas gestões petistas. “Vamos começar pelo direito sagrado de tomar café, almoçar e jantar todo dia”, declarou durante a cerimônia em que assumiu o cargo.
Dias, cuja pasta é responsável pelo Bolsa Família, agradeceu ao Congresso Nacional por ter aprovado a mudança na Constituição que permitiu que o benefício de R$ 600 continue a ser pago às famílias inscritas no programa. Segundo ele, a intenção é atualizar o Cadastro Único das pessoas que podem ser beneficiárias, e não fazer um pente-fino para tirar pessoas pobres do Bolsa Família.
“Vamos fazer uma busca ativa pelo Brasil para trazer pessoas que tem o direito aos benefícios”, prometeu. “Sim, vamos reformular com muito diálogo o Bolsa Família e sei que na situação que se encontra não é uma tarefa simples, mas creio que é no diálogo que vamos encontrar a pactuação e dosagem certa. Sim, vamos fazer a atualização do cadastro único e nada de pente-fino”, ressaltou.
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“O coração do governo”
Wellington Dias disse ter consciência de que a pasta que assume, por sua característica de promoção social e de combate à desigualdade, é o “coração” do governo Lula. E, talvez por essa razão, a posse de Wellington Dias tenha sido uma das mais concorridas. Entre os diversos convidados, estavam governadores como Rafael Fonteles (Piauí), Jerônimo Rodrigues (Bahia) e Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), além da ex-governadora do Piauí Regina Sousa. Outros ministros, como Camilo Santana (Educaçã0), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Nísia Trindade (Saúde). E vários outros políticos, como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Segundo o novo ministro, a reconstrução do país “passa também pela reconstrução de toda uma rede da assistência social”. “Colocar o povo no orçamento e de forma prioritária colocar os pobres no orçamento. Não deixar ninguém para trás, dar a mão a quem precisa e ninguém largar a mão de ninguém. Sei que essas duas frases foram muito repetidas durante a campanha, mas é um compromisso”, ressaltou.
O ex-governador do Piauí e senador eleito foi escolhido por Lula para comandar o Bolsa Família após pressão do PT para continuar com o ministério, que era cobiçado pela senadora Simone Tebet (MDB), nova ministra do Planejamento. Petistas avaliaram que seria um erro político abrir mão do comando do maior programa social do país.
PublicidadeAssista à posse do novo ministro:
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