Em sua primeira manifestação pública após recuar de posicionamentos golpistas contra outros poderes, o presidente Jair Bolsonaro disse que tomou a decisão de publicar sua declaração à nação após falar com o seu antecessor no cargo, Michel Temer (MDB). O objetivo, disse Bolsonaro, seria estabelecer um inédito diálogo.
“O que eu dei de resposta ali foi: ‘Eu tô pronto pra conversar. Por mais problemas que eu tenha lá com Arthur Lira, com Pacheco, o ministro Fux, com o Barroso do TSE – tenho que conversar com o Barroso, por mais que ele tenha me dado um cacete hoje”, disse Bolsonaro em sua live semanal.
O contato com Temer teria se iniciado ontem à noite, e retomado hoje pela manhã. Pela tarde, Bolsonaro já recebia o ex-presidente para cerca de uma hora de conversa. “Ele colaborou com algumas coisas na nota, eu concordei e publiquei. Não tem nada de mais ali”, disse.
Bolsonaro deu a entender que falou com mais pessoas entre ontem e hoje para redigir a nota, mas não citou nomes. “Pessoas que fizeram parte da história do Brasil, pessoas idosas, outras que estão em outros poderes”, indicou. Os nomes dos generais Luiz Eduardo Ramos e Braga Netto, os ministros Ciro Nogueira e Flávia Arruda, e o deputado Vitor Hugo (PSL-GO) foram citados como alguns nomes consultados por ele.
Bolsonaro ainda reconheceu que recebeu críticas de parte de sua base apoiadora, que compartilha de uma agenda conservadora e extremista. “É natural, paciência”, resumiu.
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