Para o vice-líder do PSL na Câmara, Coronel Armando (SC), o presidente Jair Bolsonaro saiu fortalecido das manifestações dessa terça-feira (7). A multidão que foi às ruas em centenas de cidades do país e a predominância do caráter pacífico dos atos – poucas ocorrências foram registradas – mostram, segundo ele, que os protestos não foram antidemocráticos.
Coronel Armando considera que a mensagem de Bolsonaro extrapolou a bolha bolsonarista e pode ter sensibilizado o público que não tem posição pré-definida contra o governo. “Não tem ameaça. Tem mensagem clara. O STF não pode impor ao presidente um cala-boca. O presidente não quer conflito, quer ter condições de governabilidade. Não é objetivo ter confronto, usar Forças Armadas, isso não passa na cabeça de ninguém”, diz o deputado. “A população tem condições de interpretar isso”, emenda.
Em pronunciamento nesta quarta, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que foi ameaçado ontem por Bolsonaro, disse que “ninguém fechará” a corte e criticou duramente o presidente da República.
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Coronel Armando considera que os atos devem aumentar a força do governo no Parlamento. “O Congresso funciona na base do que a população pensa. Há uma visão ideológica, mas vale o que a população pensa”, diz. “É verdade que as manifestações também uniram a oposição. O impacto não deverá ser imediato porque, neste momento, há um espírito de corpo de quem classifica Bolsonaro como antidemocrático”, acrescenta.
Segundo o deputado, não há da parte de Bolsonaro intenção de dar um golpe de Estado. “Não devemos tensionar a corda. Não é ele que tensiona. Ele também tensiona. Mas as palavras do ministro do STF, a decisão de prender várias pessoas que organizavam as manifestações… Os atos foram democráticos. Quando há manifestação da esquerda, a gente vê quebra-quebra, o que não houve desta vez.”
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