Indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir respectivamente as diretorias de política monetária e de fiscalização do Banco Central, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino serão sabatinados por senadores no dia 27 de junho. Ambos se reunirão com parlamentares da Casa Maior nas próximas semanas com o intuito de se aproximar das bancadas no Congresso.
O relator da indicação de Galípolo, que atualmente é secretário-executivo da Fazenda, será o senador Otto Alencar (PSD-BA). Já a indicação de Aquino, atual auditor-chefe do Banco Central com mais de 25 anos de atuação, terá como relator o senador Irajá (PSD-TO).
Galípolo é o segundo nome mais importante da pasta, logo abaixo do ministro Fernando Haddad, e sua indicação é vista como uma estratégia do governo para eventualmente substituir o atual presidente do Bando Central, Roberto Campos Neto, alvo de rusgas diretas com o presidente Lula em função da manutenção da taxa de juros de 13,75% ao ano, uma das mais altas do planeta. O mandato de Campos Neto se encerra no final de 2024.
A sessão de sabatina está programada para uma quarta-feira, logo após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que estipula a taxa básica de juros a cada 45 dias.
Se aprovado pelo colegiado de senadores, Galípolo terá um cargo que lida com a gestão de reservas internacionais do Brasil em outros países, bem como com câmbio e juros.
Galípolo, ex-CEO do Banco Fator, tem 40 anos e é formado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. A ida de Galípolo ao BC tem o objetivo de estreitar a relação com a Fazenda, conforme o ministro Haddad.
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