O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta sexta-feira (24), após reunião no Palácio do Planalto, que o governo estuda a redução do imposto de importação para alimentos quando eles estiverem mais baratos no mercado externo do que no interno. Segundo o chefe da pasta, essa medida vai contribuir para a diminuição dos preços dos alimentos.
Ele argumenta que, se a importação ficar mais barata para os produtores brasileiros, os preços do mercado interno tendem a baixar. O ministro também apontou que a inflação tem atuado para o aumento do preço dos alimentos e assegurou que o governo não vai adotar medidas fora do padrão para diminuir o preço dos alimentos.
A reunião faz parte das negociações do governo para baratear o preço dos alimentos. Na segunda-feira (20), durante reunião ministerial, o presidente Lula disse ter compromisso com “reconstrução, união e comida barata na mesa do trabalhador”. Estiveram no Planalto o chefe do Executivo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e a ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação.
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O impasse pelas medidas se acirrou quando Rui Costa, em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro” na quarta-feira (22), mencionou “intervenção” do governo para baixar os preços. O chefe da pasta voltou atrás e se corrigiu em entrevista à CNN, no mesmo dia da declaração, quando disse que seriam apenas “medidas”, não “intervenção”.
Nesta reunião, no entanto, Rui Costa assegurou que o governo não deve fugir do esperado para garantir o barateamento. O chefe da pasta, então, afastou a possibilidade de congelamento, tabelamento e de “fiscais do Lula”, em referência aos fiscais do Sarney, que monitoravam os preços e denunciavam estabelecimentos que não seguiam a regulamentação.