Dados da pesquisa Datafolha divulgados nesta segunda-feira (02) apontam que a porcentagem da população que reprova o presidente da República, Jair Bolsonaro, subiu de 33% no início de julho para 38% no final de agosto. O instituto ouviu 2.878 pessoas com mais de 16 anos, em 175 municípios, na última quinta e sexta-feira (29 e 30), uma semana depois da crise ambiental sobre a Amazônia ganhar proporções internacionais.
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De acordo com a pesquisa, quando considerada a partir das faixas de renda, a reprovação do governo é de 46% entre aqueles que ganham mais de dez salários mínimos. Neste segmento, a aprovação ao presidente caiu de 52% em julho para 37% na pesquisa divulgada hoje. A faixa de renda que registra a maior aprovação ao governo Bolsonaro, 39%, é a das pessoas que ganham entre cinco e dez salários mínimos. Entre quem ganha até dois salários mínimos, a aprovação é de 22%.
A parcela da população que reprova o governo cresceu também na região Sul, passando de 20% em abril, para 25% em julho e chegando a 31% no final de agosto. É no Sul que Bolsonaro costuma alcançar seus maiores índices de aprovação, quando considerado o critério regional. No Nordeste, a parte da população que avalia o governo Bolsonaro como ruim ou péssimo saltou de 41% em julho para 52% na pesquisa divulgada nesta segunda-feira (02).
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais. O levantamento também mediu a expectativa das pessoas sobre o governo. O índice de quem acredita que Bolsonaro fará uma boa gestão caiu para 45%. Em julho, este porcentual estava em 51%. Também saltou a porcentagem da população que reprova o comportamento de Bolsonaro como presidente. 32% avaliam que Bolsonaro nunca se comporta como o cargo exige. Em julho, este índice era de 25%.
Ao sair do Palácio do Alvorada, nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro comparou a pesquisa Data Folha, que o aponta com a pior popularidade entre os presidentes de primeiro mandato aos 8 meses de governo, a crença na figura do Papai Noel. “Alguém acredita no Data Folha? Você acredita em Papai Noel? Outra pergunta”, disse, segundo a Folha de S. Paulo.
O repórter da Folha lembrou o presidente que ele mesmo havia dito que os dados do Instituto de Pesquisas eram compatíveis com a realidade, quando no início do mês foi questionado sobre os dados da pesquisa que apontavam a rejeição ao garimpo em áreas indígenas. Bolsonaro manteve sua posição e afirmou que o Instituto pode acertar, quando “a pesquisa não é política”.
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