A reforma tributária deverá estar aprovada pela Câmara e pelo Senado daqui a seis ou oito meses. Esse foi o entendimento fechado entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), em reunião com o presidente e o relator da comissão mista que analisa a proposta, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e o senador Roberto Rocha (PSDB-MA). Em café da manhã na residência oficial do presidente do Senado, os quatro parlamentares estabeleceram um cronograma para que a reforma avance. Pelo calendário definido, a comissão deverá concluir seus trabalhos até o fim deste mês com a apresentação do relatório de Aguinaldo Ribeiro.
Até lá novas discussões serão feitas para definir os próximos passos da reforma. Como há duas propostas em andamento, uma na Câmara e outra no Senado, Lira e Pacheco vão decidir com outras lideranças do Congresso por qual Casa o relatório da comissão mista começará a ser votado. A decisão anunciada após o encontro acelera o ritmo dos trabalhos previsto pelo presidente do colegiado, o senador Roberto Rocha, que chegou à reunião prometendo concluir as atividades da comissão até o fim de março.
“É uma reforma complexa, diferentemente de outras, tem de ser muito assertiva, não pode haver erro sob pena de prejudicar setores e estados”, defendeu Pacheco após o encontro. Segundo ele, não se discutiu o conteúdo, mas apenas os procedimentos para a definição de um cronograma de votação. O novo presidente do Senado afirmou que a proposta será fruto de amadurecimento na Câmara e no Senado.
Arthur Lira negou que haja disputa entre Câmara e Senado pela autoria da reforma. “Não vai haver briga por protagonismo entre Câmara e Senado por essas reformas. Elas têm que andar nas duas casas e pouco importa se começará em uma ou findará em outra”, disse o presidente da Câmara.
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