Rafael Neves
especial para o Congresso em Foco
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta terça-feira (4), em Brasília, que pode haver o “fatiamento” da reforma da Previdência para facilitar sua aprovação no Congresso no ano que vem. A fala diverge do que o ministro de transição Onyx Lorenzoni (DEM-RS) havia dito na última segunda (3). O futuro chefe da Casa Civil havia declarado que a discussão da Previdência poderá levar mais tempo, e poderá não sair do papel em 2019, porque se buscaria apresentar um texto definitivo, com efeitos de longa duração.
“Nós queremos sim apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição, para começar a reforma pela previdência pública, e com chances de aprovada. Não adianta você ter uma proposta ideal que vá ficar na Câmara ou no Senado”, disse Bolsonaro nesta terça, em Brasília. Segundo ele, o eixo central seria alterar as idades mínimas de aposentadoria, respeitando a diferença de idade entre homens e mulheres – projeto semelhante ao que o presidente Michel Temer tentou emplacar em 2018.
“A ideia é começar pela idade, atacar os privilégios, e tocar essa pauta para frente. Não podemos esperar o Brasil chegar à situação que chegou a Grécia para tomar uma providência”, afirmou o presidente eleito após seu primeiro dia de reuniões na capital federal nesta semana, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Mesmo que opte pelo “faitamento”, o governo Bolsonaro precisará elaborar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que precisará de apoio de três quintos do Congresso (308 deputados e 49 senadores).
O projeto “integral” da equipe econômica de Bolsonaro é mais complexo: é baseado em um sistema com contas individuais de capitalização, e os novos contribuintes poderiam ficar com o modelo antigo ou optar pelo novo, em que haveria menos encargos trabalhistas. O presidente eleito afirmou nesta terça, no entanto, que seu plano inicial seria “elevar a idade em dois anos para todo mundo”, sem detalhar a ideia.
O Bozonaro vai fazendo o jogo a que foi proposto, facilitar para ricos explorarem os pobres. E países ricos explorarem os países pobres (o nosso). Produzir aqui com mano de obra quase escrava por exemplo.
A reforma que precisa ser feita na Previdência é acabar com os privilégios dos servidores públicos: altos salários, aposentadorias integrais, estabilidade. Tem que acabar urgente, nas três esferas (executivo, legislativo e judiciário).
Que todos passem a receber aposentadoria pelo teto do INSS, inclusive os ministros do STF, essa vergonha nacional.
Verdade. E mais: sabemos que a previdência é superavitária.
Acontece que, verbas são desviadas para outros segmentos.
Porque Planos de Previdência privada não quebram? Porque tem gestão séria.
Lá no tem ladrões como tem na previdência pública.
Excelente complementação Hideraldo.