O PT entrou com representação contra o presidente Jair Bolsonaro por causa da motociata promovida na sexta-feira (15) em São Paulo, no ato chamado de “Acelera para Cristo”. O partido alega que Bolsonaro fez comício e pediu votos.
“O envolvimento de Jair Bolsonaro foi ativo e proativo, desde o início: i) convocou publicamente o evento; ii) conduziu sua motocicleta durante todo o percurso, incitando seus apoiadores com gestos típicos de suas campanhas; c) desfilou em carro aberto e d) subiu em carro som, realizou comício, pedindo votos, explicita e implicitamente”, diz a ação assinada pelos advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin.
O PT afirma, na peça, que “deve-se afastar, a partir dos fatos narrados, qualquer tentativa de caracterizar os eventos como decorrentes do exercício do cargo de Presidente da República, ou o de considerar o Representado mero beneficiário dos atos”.
Bolsonaro circulou acompanhado de apoiadores em motocicletas pela Rodovia dos Bandeirantes no feriado da Sexta-Feira Santa. O governo paulista estima que 12 mil motos participaram do evento. De acordo com os registros de pedágios da Bandeirantes, 3.703 motos passaram pelo local.
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Os gastos com policiamento passaram de R$ 1 milhão. A motociata seguiu da capital paulista até Americana e provocou trânsito lento de veículos de até 53 km. A rodovia ficou interditada das 8h às 13h no sentido interior para passagem do presidente e seus apoiadores. Desde 2021, o presidente já participou de pelo menos 15 motociatas, nas quais ele desfila de moto ao lado de apoiadores na “defesa do governo”.