Políticos e autoridades foram às redes sociais na quinta-feira (9) para se manifestar sobre a carta “Declaração à Nação”, divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro após repercussão negativa de seus discursos feitos durante os atos de Sete de Setembro. Entre eles, está o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmando desejar que “a carta do presidente seja uma oportunidade de recomeço de conversas para estabilização da política na vida do povo brasileiro”, e que “Toda instituição republicana ou poder só existem para servir ao país”. Para ele, as prioridades dos três poderes no momento devem ser “acabar com a pandemia, diminuir o desemprego, solucionar os precatórios, que podem afetar os investimentos públicos”.
Também se pronunciou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), destacando que as falas em tom moderado do presidente vão “ao encontro do que a maioria dos brasileiros espera”. “Respeito entre os Poderes, obediência à Constituição e compromisso de trabalho árduo em favor do desenvolvimento do país. É disso que o Brasil precisa e que vamos continuar defendendo”.
No texto, Bolsonaro diz que as ameaças ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foram feitas no “calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum”.
O senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que se o ato foi genuíno, se trata de uma atitude louvável. Mas que é lastimável “se for jogada para liberação do recurso de precatórios para programas eleitoreiros em 22”.
O dia 09.09 é histórico. Dia que Bolsonaro fez autocrítica sobre a China. E dia que ele recuou na tensão com outros poderes. Se for ato genuíno é louvável. Se for jogada para liberação do recurso de precatórios para programas eleitoreiros em 22, é lastimável. Estaremos alerta!
— Omar Aziz (@OmarAzizSenador) September 9, 2021
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Líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), diz que é impossível Bolsonaro desfazer os crimes cometidos até aqui e que o país não pode ficar refém de um presidente inconfiável.
Bolsonaro pode até tentar voltar atrás no que disse, mas é impossível desfazer os crimes que cometeu e acabar da noite para o dia com o caos que criou. O Brasil não pode ficar refém de um presidente inconfiável, capaz de passar por cima do povo em nome de seu projeto autoritário.
— Alessandro Molon 🇧🇷 (@alessandromolon) September 9, 2021
O governador de São Paulo, João Doria, disse, em tom irônico, que o “leão virou um rato”.
O leão virou um rato 🐀
Grande dia! 👍— João Doria (@jdoriajr) September 9, 2021
Fernando Haddad, candidato à presidência pelo PT em 2018, questionou quanto tempo vai durar até Bolsonaro iniciar uma nova crise institucional. Segundo ele, o episódio foi uma estupidez.
Quanto tempo vai levar para Bolsonaro produzir uma nova crise, prejudicar ainda mais o país e em seguida pedir arrego? O país já aguentou três anos dessa estupidez. Não é o bastante? Fora!
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) September 9, 2021
Veja outras manifestações:
- Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Torço para que isso seja refletido na prática, e que não sejam apenas palavras ao vento. Continuaremos vigilantes! https://t.co/dRIi1tzniq
— Randolfe Rodrigues 💉👓 (@randolfeap) September 9, 2021
- Deputado Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara
Não julgarei as motivações do presidente pra emitir a Nota Oficial em que pede desculpas e tenta uma pacificação. Há um país real muito sofrido esperando capacidade de enfrentar o desemprego, a fome e a inflação. Se o recuo do presidente servir a esses objetivos, vamos em frente.
— Marcelo Ramos (@marceloramosam) September 9, 2021
> “Tô pronto pra conversar”, diz Bolsonaro em live, após recuo
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