A Polícia Federal (PF) transferiu Dominique de Castro Oliveira, delegada que atuava junto à Interpol. A delegada é a responsável pela ordem de prisão internacional de Allan dos Santos, blogueiro do finado site Terça-Livre e apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Ela foi informada por Luiz Roberto Ungaretti de Godoy, o coordenador-geral de cooperação internacional da PF, que teria que largar o posto e retornar para a Superintendência do Distrito Federal.
Dominique atendeu à determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e fez o pedido de inclusão do nome de Allan dos Santos na lista de difusão vermelha, caminho por onde é emitida a ordem de prisão internacional.
A extradição do bolsonarista, que hoje mora nos Estados Unidos, ainda está em tramitação. Depois da demissão de Dominique, o pedido de prisão também não foi disparado pela Interpol, e Allan não está na lista de procurados internacionalmente.
Em nota, a Polícia Federal afirmou que a retirada da delegada da Interpol “não tem qualquer relação com o processo de Allan dos Santos, uma vez que cabe a Interpol Brasil o cumprimento da ordem judicial de encaminhamento para o Escritório Central em Lyon, solicitando a inclusão na Difusão Vermelha, o que foi cumprido pelo delegado Rodrigo Carnevale, chefe da Interpol no Brasil”.
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Allan é alvo de dois inquéritos no Supremo que apuram envolvimento com a disseminação de fake news e ataques a integrantes da Corte, e outro que investiga a existência de uma milícia digital que atua contra a democracia e as instituições.
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