A Polícia Federal abriu, nesta sexta-feira (25), um inquérito para investigar as supostas irregularidades no Ministério da Educação (MEC). No começo desta semana, surgiram denúncias de que o ministro, Milton Ribeiro, privilegiava lideranças evangélicas na hora de distribuir recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Em áudio divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, o ministro afirmou que o repasse das verbas para os municípios apontado pelos pastores era um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL). As denúncias apontam para a existência de um “gabinete paralelo” dentro do ministério, com pastores cobrando propinas de prefeitos para facilitar a liberação de verbas do MEC.
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O inquérito da PF foi aberto a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU) após uma sindicância internar apontar supostas fraudes. Em sua tradicional live de quinta-feira, na noite de ontem (24), Bolsonaro afirmou que já havia pedido uma investigação para a Polícia Federal.
“O Milton, eu boto minha cara no fogo por ele. Estão fazendo uma covardia. A Polícia Federal, ontem, eu pedi para abrir o procedimento para investigar o caso também”, afirmou Bolsonaro.
Um outro inquérito, solicitado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizado pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, deve ser aberto nos próximos dias.
Publicidade“A gravidade do quadro descrito é inconteste e não poderia deixar de ser objeto de investigação imediata, aprofundada e elucidativa sobre os fatos e suas consequências, incluídas as penais”, afirmou a ministra ao autorizar o inquérito.