A direção da Petrobras aprovou, nesta quinta-feira (25), a liberação de 50% dos dividendos extraordinários da estatal. A decisão trouxe resposta imediata do mercado: o preço das ações às 16h subiu 2,45% em relação ao horário de abertura. A distribuição estava retida até então por orientação do governo e do presidente da empresa, Jean Paul Prates.
A distribuição dos dividendos será feita em duas parcelas iguais: uma prevista para 20 de maio e outra para 20 de junho. Para detentores de ADRs, as datas serão 28 de maio e 27 de junho. Cada parcela será no valor de R$ 1,44 por ação, o que, para a União, que é sócia majoritária da empresa, representa cerca de R$ 6 bilhões.
Os dividendos eram um ponto de atrito entre o governo e os acionistas minoritários da Petrobras. Tanto o Planalto quanto o presidente Prates defendiam, até a última semana, a retenção dos dividendos extraordinários, visando aumentar os recursos disponíveis para reinvestimento na estatal. Essa posição não apenas resultou em críticas por parte do setor privado, mas também do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que passou a pressionar pela própria remoção de Prates da presidência.
Ao liberar essa parcela, o governo diminui a pressão sobre a cadeira de Jean Prates. A Petrobras possui ainda outros 21,9 bilhões pendentes para o pagamento de dividendos. A previsão é de entrega no final de 2024.
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