O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira (16) o plano do governo de criar uma força-tarefa permanente para analisar os nomes indicados pelos partidos para ocupar os cargos vazios no governo. O anúncio ocorreu um dia depois de o ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmar o pedido do presidente Lula para que cada pasta libere as vagas à equipe de Padilha.
A vacância em funções do segundo escalão é um dos pontos mais criticados na articulação do governo com o Congresso Nacional. Essas vagas são demandadas por parlamentares e senadores dos partidos não alinhados ideologicamente ao governo, como União Brasil e MDB, para que possam empregar apadrinhados em troca de apoio na aprovação de projetos de lei. Ao todo, o governo recebeu 403 indicações, muitas com análise emperrada há mais de um mês.
Além de analisar os currículos dos quadros indicados, a força-tarefa de Padilha ficará encarregada de repassar relatórios de atendimento dos ministérios aos líderes partidários, de modo a permitir o mapeamento por parte de cada bancada do grau de articulação de seus parlamentares. Essa medida se dá em resposta às críticas do Congresso Nacional de dificuldade no acesso aos ministros, que agora ficam obrigados a informar Padilha sobre o histórico de atendimentos.
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A concentração de poderes nas mãos de Padilha é a estratégia adotada pelo governo para tentar resolver a dificuldade de articulação. O ministro é encarregado de elaborar acordos com parlamentares e de encaminhar as demandas por emendas orçamentárias ao governo, mas não possui o poder de dar cumprimento aos acordos. Com os relatórios de atendimento e a força-tarefa de análise curricular, o governo espera aumentar seu leque de ferramentas de negociação.
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