O PT e o Psol preparam manifestações no mês que vem em resposta ao protesto planejado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra o Congresso Nacional, que deve ocorrer em 15 de março.
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A informação foi divulgada nas redes sociais da sigla socialista e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), nesta quarta-feira (26), um dia após veículos de imprensa noticiarem que Bolsonaro compartilhou um vídeo de apoio às manifestações contra os deputados e senadores.
“A escalada autoritária do governo Bolsonaro deve ser enfrentada c/ a construção de manifestações de rua pela democracia e pelos direitos do povo”, disse Gleisi no Twitter.
A escalada autoritária do governo Bolsonaro deve ser enfrentada c/ a construção de manifestações de rua pela democracia e pelos direitos do povo. Dias 8, 14 e 18 de março serão importantes p/ mostrar indignação e enfrentamento. Outros tem de ser chamados pelas forças democráticas
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Publicidade— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 26, 2020
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As manifestações contrárias a Bolsonaro estão marcadas para o dia Internacional das Mulheres, 8 de março, no dia em que o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco completa dois anos, 14 de março, e 18 de março, quando deve ocorrer uma greve nacional da educação.
De acordo com a nota divulgada pelo Psol, o ato do presidente Bolsonaro “representa um passo a mais na escalada autoritária da extrema-direita”. “Ao envolver-se diretamente na convocação de manifestações pelo fechamento do Congresso Nacional, Bolsonaro comete crime de responsabilidade e crime de improbidade”, afirma.
A presidente do PT disse ainda que partidos de oposição marcaram para a próxima terça-feira (3) uma reunião com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), além de de entidades de movimentos sociais e líderes políticos de outros partidos “que tenham compromisso com a democracia”.
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