O vice-presidente Hamilton Mourão usou sua conta no Twitter para exaltar o movimento civil-militar de 1964, que completa 56 anos nesta terça-feira (31). “Há 56 anos, as FA intervieram na política nacional para enfrentar a desordem, subversão e corrupção que abalavam as instituições e assustavam a população. Com a eleição do General Castello Branco, iniciaram-se as reformas que desenvolveram o Brasil. #31deMarçopertenceàHistória”, publicou Mourão.
> “Não há amparo para ruptura institucional”, diz General Peternelli
Em outra nota, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e os comandantes do Exército e da Marinha também defenderam o regime militar, mas ressalvaram que o ambiente é outro e reafirmaram compromisso com a democracia.
“As Forças Armadas acompanharam essas mudanças. A Marinha, o Exército e a Aeronáutica, como instituições nacionais permanentes e regulares, continuam a cumprir sua missão constitucional e estão submetidas ao regramento democrático com o propósito de manter a paz e a estabilidade”, diz a nota.
Como mostrou o Congresso em Foco, alguns grupos se movimentaram nas redes sociais pedindo a convocação de ato em comemoração ao movimento de 1964. Mas a manifestação não teve apoio do Clube Militar do Rio de Janeiro nem de oficiais.
Coordenador das candidaturas de membros das Forças Armadas a cargos políticos em 2018, ano em que também se elegeu deputado federal em São Paulo pelo PSL, o General Peternelli foi claro ao ser entrevistado sobre o assunto pelo Congresso em Foco. “O momento agora não é para isso”, disse, invocando tanto razões políticas quanto sanitárias.
A ditadura militar resultou em eleições indiretas para presidente, fechamento do Congresso, censura, torturas e prisões políticas, entre outras coisas.
> Forças Armadas reafirmam compromisso com a democracia e contra golpe