Nesta semana, o Diário Oficial da União (DOU) tem trazido nomeações de militares para postos-chave do Ministério da Saúde. Com os novos cargos, os militares ganham espaço estratégico na pasta comandada por Nelson Teich, o que reforça a tese de tutela do ministro pelo Palácio do Planalto.
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O secretário-executivo, o general Eduardo Pazuello, foi indicado pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Segundo a Folha de S.Paulo, o número dois na hierarquia do órgão enxerga a função como missão temporária e pretende retornar ao comando da 12ª Região Militar.
A presença de militares também atinge os demais escalões da pasta. Na terça-feira (5), um amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Reginaldo Ramos Machado, foi indicado para a Diretoria de Gestão Interfederativa e Participativa. Machado é casado com a ex-secretária de saúde de Roraima e foi superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O tenente-coronel Marcelo Blanco Duarte será assessor do Departamento de Logística em Saúde (DLOG). O tenente-coronel Cézar Wilker Tavares Schwab foi nomeado para a subsecretaria de Planejamento e Orçamento (SPO) e o coronel Luiz Otávio Franco Duarte será o novo subsecretário de assuntos administrativos. O major Tiago da Silva Brilhante será o novo diretor do DEMAS.
Em coletiva de imprensa no Planalto ontem, Teich foi questionado se a nomeação de militares é uma interferência no ministério, ao que ele respondeu que a presença deles na pasta é por competência. Ele classificou como naturais as nomeações de militares feitas por Pazuello, visto que são pessoas com as quais o secretário já trabalhou. “É uma questão de eficiência”, disse.
PublicidadeTeich também afirmou que há uma divisão clara de tarefas na pasta e reforçou seu papel como o líder da equipe. Segundo ele, é preciso evitar essa polarização se é um governo de militar ou não. “Os militares têm competências que são muito importantes, eles têm muita coisa do planejamento, do trabalho em equipe. Isso é importantíssimo numa hora que você precisa de agilidade na execução”.
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Em negociação com partidos do Centrão a fim de ampliar sua base de apoio, o presidente Bolsonaro tem entregue alguns postos para indicados pelas bancadas. Nesta quinta-feira (7), o advogado Tiago Pontes foi nomeado para a Secretaria de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano do Ministério do Desenvolvimento Regional.
Teich tomou posse há menos de um mês, após longo processo de fritura do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, após divergências sobre a forma como enfrentar a pandemia. Teich assumiu a pasta com a missão de buscar uma alternativa ao isolamento social, conforme defendido pelo presidente.
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