A futura ministra da Cultura do governo Lula, Margareth Menezes, anunciou nesta quinta-feira (22) o nome de João Jorge Rodrigues, advogado e presidente do bloco de carnaval afro-brasileiro Olodum, para presidir a Fundação Palmares a partir de 2023. Ela conta que ele já foi contatado pela equipe de transição e já aceitou a nova função. De acordo com ela, a indicação foi parte de um compromisso do presidente eleito com a população afro-brasileira.
A ministra reforça que o papel de João Jorge na presidência da fundação será de “fazer o resgate da Fundação Palmares, (…) que foi completamente depredada, principalmente na sua estrutura interna”. A depredação apontada por ela já era percebida antes mesmo do início dos trabalhos da transição: em junho de 2021, uma comitiva da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados inspecionou sua sede, identificando a falta de equipamento para a preservação de seu acervo histórico, bem como o armazenamento de forma indevida do material.
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O abandono do material da Fundação Palmares não se deu apenas por questões econômicas. Durante a maior parte da gestão de Jair Bolsonaro, a fundação foi presidida por Sérgio Camargo, militante bolsonarista contrário às principais pautas defendidas pela comunidade afro-brasileira, em especial às cotas universitárias. Durante sua gestão, tentou se livrar de parte das obras aos seus cuidados, e se manteve em conflito constante com movimentos de ao combate ao racismo, em especial com líderes do candomblé.
Confira a fala da ministra:
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