O presidente Lula (PT) falou nesta terça-feira (7), durante entrevista ao Programa Bom Dia, Presidente, que a meta do governo federal é não permitir que a burocracia crie entraves para a liberação de recursos ao estado. Segundo ele, a partir desta terça, estão abertos os pedidos para que as prefeituras se cadastrem para investimentos em hospitais, creches e outras demandas originárias das chuvas.
“Portanto, prefeitos, entrem no computador e comecem a fazer seus pedidos”, disse o presidente.
Na semana passada, em visita a Santa Maria, um dos primeiros municípios a serem devastados pelas chuvas, Lula prometeu que o governo federal fará a liberação de R$ 580 milhões em emendas para o estado, que atenderão a 497 municípios. O dinheiro, contudo, ainda não tinha revisão de chegar às contas dos municípios.
A prefeitura de Santa Maria, uma das primeiras cidades a ser atingida pelas chuvas intensas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30), estima que sejam necessários cerca de R$ 300 milhões para recuperar os prejuízos estruturais deixados pelos temporais.
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“A dificuldade inicial é que nenhum prefeito, o governador disse isso com todas as letras no último domingo, tem noção do estrago que foi feito. Por enquanto, as pessoas imaginam, pensam. Mas a gente só vai ter o estado real quando a água baixar e a gente ver o que aconteceu de fato no Rio Grande do Sul.”, disse Lula.
Sobre o projeto de decreto legislativo, enviado pelo governo federal, que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul e já aprovado pela Câmara dos Depurados, Lula avaliou que a proposta é iniciar a liberação de recursos por meio dos ministérios.
Publicidade“O Ministério da Saúde pode liberar recurso, o Ministério da Integração Nacional, o Ministério da Educação. Vai liberando recurso de acordo com as necessidades fundamentais que são colocar a criança na escola, colocar as pessoas no hospital, a compra de remédio, de combustível, de água, de comida. Esse dinheiro vai saindo normalmente pelo ministério, sem muita burocracia.”
“O que eu posso garantir é que há 100% de vontade da Câmara, do Senado, do Tribunal de Contas e do Poder Judiciário para que a gente facilite o máximo possível os recursos”, disse. “Os ministérios têm estrutura nos estados, mas queremos trabalhar junto com as secretarias do estado”, completou, ao citar a recuperação de estradas federais e mesmo estaduais.
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