Em entrevista à TV Centro América, o presidente Lula se pronunciou brevemente sobre o impasse após as eleições presidenciais na Venezuela, onde o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) é acusado pela oposição de fraude em favor de Nicolás Maduro, ao mesmo tempo que retém a divulgação das atas de apuração das urnas. De acordo com o governante brasileiro, a apresentação das atas solucionaria o conflito.
“É normal que tenha uma briga. Como se resolve essa briga? Apresenta a ata. (…) Na hora que tiver apresentado as atas, e for consagrado que a ata é verdadeira, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral da Venezuela’, declarou Lula. De acordo com ele, o presidente venezuelano Nicolás Maduro sabe que sua governabilidade depende da transparência no processo eleitoral.
O presidente Lula foi um dos três chefes de Estado que condicionaram o reconhecimento do resultado eleitoral na Venezuela à auditoria das atas de mesa, por orientação de seu assessor especial de relações exteriores, Celso Amorim. México e Colômbia também se posicionaram na mesma direção, e cogitaram a apresentação de um manifesto conjunto dos três países pela apresentação das atas, proposta descartada pelo petista.
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Lula acrescentou que, se houver dúvida entre oposição e governo sobre a veracidade do conteúdo das atas, a disputa deve ser resolvida na Justiça, sem interferência de agentes externos. “O que precisa é que as pessoas que não concordam tenham o direito de se expressar, o direito de provar que não concordam, e o governo tenha o direito de provar que está certo”, reforçou.
No mesmo horário em que foi publicado o trecho da entrevista, o governo também se pronunciou sobre a ligação entre os presidentes Lula e Joe Biden, dos EUA, sobre a questão venezuelana. O Ministério das Relações Exteriores relatou que Lula “reiterou a posição do Brasil de seguir trabalhando pela normalização do processo político no país vizinho, que terá efeitos positivos para toda a região”, e que os dois concordam sobre a importância da divulgação das atas.
O Brasil também será um pais ditatorial.
Resta saber se de “direita” ou de “esquerda”