O presidente Lula realiza nesta segunda-feira (30), às 9h, no Palácio do Planalto, reunião com ministros para discutir a situação do povo Yanomami. Participam do encontro os ministros José Mucio (Defesa), Silvio Almeida (Direitos Humanos), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno e a futura presidente da Funai, Joenia Wapichana.
Os yanomami sofrem com grave crise humanitária, agravada pela ação desenfreada do garimpo ilegal. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania enviou nesse domingo (29) uma comitiva de secretários a Boa Vista para apurar o caso, auxiliar as vítimas e coletar dados para a criação de políticas públicas eficazes para proteger os indígenas.
“A situação do povo Yanomami só será resolvida com políticas públicas que tenham um caráter de longa duração, ou, na síntese perfeita do presidente Lula, com presença efetiva do Estado. Informações necessárias serão colhidas para uma atuação assertiva”, declarou o ministro Silvio Almeida.
A Polícia Federal está investigando quem são os responsáveis pela crise humanitária e se houve o crime de genocídio e omisssão de socorro. O Tribunal de Contas da União (TCU) vai auditar gastos do governo Jair Bolsonaro na área. O Supremo Tribunal Federal identificou indícios de envio de informações falsas da União à Justiça sobre ações em favor do povo Yanomami, além do descumprimento de decisões judiciais. Para o Ministério Público Federal, o governo Bolsonaro não executou programa para expulsar os garimpeiros ilegais da região. Só no ano passado estima-se que 99 crianças yanomami morreram em decorrência de doenças causadas pelo garimpo.
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