O presidente eleito Lula confirmou nesta sexta-feira (9), em Brasília, os cinco primeiros nomes de seus ministérios. Em pronunciamento no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, o petista confirmou as nomeações de Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça) e José Múcio (Defesa). Embaixador na Croácia, Vieira era o único que não estava presente no momento do anúncio.
Lula disse que definirá, no fim de semana, o número de ministérios e secretarias que funcionarão em seu governo e que anunciará nova leva de ministros na próxima semana, depois de sua diplomação, marcada para segunda-feira (12). Outros auxiliares serão divulgados posteriormente. Entre os nomes mais cotados para as futuras pastas estão Marco Aurélio Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Jorge Rodrigo Araújo Messias (Advocacia-Geral da União), Simone Tebet (Cidadania, ou Desenvolvimento Social), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Izolda Cela (Educação) (veja lista).
O presidente se adiantou aos questionamentos sobre a ausência de mulheres e negros entre os nomes confirmados nesta sexta. Segundo ele, o ministério refletirá a cara da sociedade e terá representantes de diferentes gêneros e raças.
Durante a coletiva, Lula informou que se reunirá ainda nesta sexta-feira com Múcio e os escolhidos pelo futuro ministro para a função de comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Ele não declarou, no entanto, quando os nomes serão anunciados. Segundo ele, caberá a Múcio resgatar o papel das Forças Armadas como instituições responsáveis por defender o povo e a soberania nacional, em vez de “fazer política”.
“As Forças Armadas têm um papel importante. As Forças Armadas têm um papel constitucional: têm que cuidar da soberania nacional, tem que defender o povo brasileiro de possíveis e eventuais inimigos externos. E é para isso. As Forças Armadas não foram feitas para fazer política, não foram feitas para ter candidato. Quem quiser ser candidato, se aposente e seja candidato”, afirmou Lula.
O presidente eleito também disse que estuda a possibilidade de criar o Ministério da Segurança Pública a partir do Ministério da Justiça. “Nós temos o interesse de criar o Ministério da Segurança Pública, mas a gente não pode fazer as coisas de forma atabalhoada”, alegou. Segundo ele, é preciso que, antes, Dino reestruture o Ministério da Justiça e desaparelhe órgãos como a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal.
“O companheiro Flávio Dino tem a missão, primeiro, de consertar o funcionamento do Ministério da Justiça, de consertar o funcionamento da Polícia Federal.” O futuro ministro anunciou o nome de Andrei Augusto Passos Rodrigues como diretor-geral da Polícia Federal.
Em relação a Haddad, Lula pouco falou. Mas ressaltou que espera que o novo ministro da Fazenda fale sobre mercado, mas também sobre as “preocupações sociais” das pessoas. O presidente eleito afirmou que o futuro ministro do Planejamento terá um perfil afinado com o do titular da Fazenda.
Confira, no vídeo abaixo, o momento em que Lula anuncia o nome de seus primeiros cinco ministros:
Confira o perfil dos ministros anunciados:
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