As investigações da Polícia Federal (PF) que resultaram na Operação Tempus Veritatis apontam que o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro atuou para financiar uma tentativa de golpe de Estado articulado pelo núcleo político do antigo governo. De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o PL atuou financiando as narrativas do grupo.
“Destaca a autoridade policial que o avanço das investigações demonstrou a instrumentalização do Partido Liberal ‘para financiar a estrutura de apoio às narrativas que alegavam supostas fraudes às urnas eletrônicas, de modo a legitimar as manifestações que ocorriam em frentes as instalações militares, tendo o ápice dessa estratégia ocorrido no dia 22.11.2022, quando a Coligação PELO BEM DO BRASIL (formada à época pelo Partido Liberal, Republicanos e Progressistas), ingressou com ação judicial ‘Representação Eleitoral para Verificação Extraordinária’ com pedido que, na prática, anularia os votos computados pelas urnas fabricadas antes de 2020′”, destaca a decisão.
Bolsonaro é um dos alvos da operação da PF. Os policiais federais foram até a casa dele, em Angra dos Reis, e apreenderam o celular de um de seus assessores, Tercio Arnaud Tomaz. A medida judicial também prevê a apreensão do passaporte do ex-presidente, a proibição de que ele deixe o país e de que se comunique com outros investigados da Operação Tempus Veritatis.
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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também é alvo de mandados de busca e apreensão, assim como os ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres. Já entre os quatro alvos dos mandados de prisão estão Rafael Martins de Oliveira, Filipe Garcia Martins e Marcelo Costa Câmara.
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