O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou, em entrevista publicada neste domingo (15), que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão responsável pela assessoria da Presidência da República em assuntos militares e de segurança, passará por uma renovação de quase 100%.
“O GSI está sendo mudado. Quase 100% dele será renovado para ter uma oxigenação, para botar pessoas com maior treinamento, com maior capacidade de ação e de reação. Temos que garantir um padrão de treinamento que permita proteger os três Palácios, símbolos das três instituições do Brasil”, disse o ministro ao jornal O Globo.
Na entrevista, Rui Costa reforçou a tese do presidente Lula (PT) de que teve a conveniência de “muita gente das Forças Armadas” durante a invasão, depredação e roubo do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da sede do Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo (8) passado. Na ocasião, bolsonaristas defendiam um golpe de Estado atacando os prédios públicos na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Leia também
“Tive a oportunidade de ver muitos vídeos de câmeras internas e externas. Se algo é consenso, é que a atuação está longe de corresponder a um treinamento e a uma eficiência para qual essas forças são treinadas. Longe. Isso fica visível vendo os vídeos pelo padrão de comportamento”, declarou o ministro.
“O processo de investigação deixará as responsabilidades de cada um mais claras. Os inquéritos serão abertos para civis e eventualmente para militares, se vier a ser materializado e comprovado que não agiram dentro do padrão para qual foram treinados. Isso não é bom para o Brasil”, completou.
Rui Costa fez uma comparação com os Estados Unidos ao citar a invasão do Palácio do Planalto, sede da Presidência da República do Brasil e onde o presidente trabalha diariamente.
Publicidade“Eu não consigo imaginar a Casa Branca sendo invadida. O uso de todas as forças na última instância seria utilizado para impedir isso. Deveria ter sido utilizada a energia máxima para impedir o que ocorreu. É preciso repensar, replanejar e treinar muito. Adotar modelos mais rígidos, firmes e duros de proteção das instituições para que não se repita nunca mais.”
Deixe um comentário