O Ministério da Saúde tirou do ar o aplicativo TrateCov. Conforme o Congresso em Foco mostrou ontem (20), a ferramenta receitava uma série de medicamentos sem eficácia comprovada para covid-19 para pacientes que apresentavam sintomas como de uma simples ressaca até aqueles com indícios graves da infecção do novo coronavírus.
Ontem o formulário já estava fora do ar, mas ainda podia ser acessado em uma página própria do Ministério da Saúde, por meio de aba anônima do navegador. Agora já não é mais possível.
O sistema foi lançado na semana passada em Manaus e era destinado à orientação de profissionais da saúde. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a plataforma foi lançada como um “projeto-piloto e não estava funcionando oficialmente, apenas como um simulador. No entanto, o sistema foi invadido e ativado indevidamente – o que provocou a retirada do ar, que será momentânea”.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou nesta quinta-feira (21) nota em que informa ter alertado o Ministério da Saúde sobre inconsistências identificadas no aplicativo TrateCov. No documento, a autarquia informa que pediu à pasta a retirada imediata do ar do aplicativo.
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Confira nota na íntegra:
Após análise feita por conselheiros e assessores técnicos e jurídicos sobre o aplicativo TrateCov, recém lançado para auxiliar as equipes na coleta de sintomas e sinais de pacientes possivelmente infectados pela covid-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) alertou ao Ministério da Saúde sobre as seguintes inconsistências na ferramenta:
Publicidade• Não preserva adequadamente o sigilo das informações;
• Permite seu preenchimento por profissionais não médicos;
• Assegura a validação científica a drogas que não contam com esse reconhecimento internacional;
• Induz à automedicação e à interferência na autonomia dos médicos;
• Não deixa claro, em nenhum momento, a finalidade do uso dos dados preenchidos pelos médicos assistentes.
Diante do exposto, o CFM pediu ao Ministério da Saúde a retirada imediata do ar do aplicativo TrateCov.
Brasília, 21 de janeiro de 2021.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
> Aplicativo do Ministério da Saúde indica cloroquina até para sintomas de ressaca
E aí, CRM?
De que adianta tirar o aplicativo do ar, se quem fica com qualquer tipo de febre, vai numa UPA e o médico receita o coquetel ”bolsonaro”.
Aliás, eu estou desconfiado que na verdade o nome do coquetel é coquetel ”sus”