O presidente Jair Bolsonaro voltou atrás e decidiu manter o reajuste salarial para servidores da segurança pública. A previsão é de que o governo publique a Medida Provisória (MP) decretando o aumento para a categoria até sábado (2), data que esgota o prazo para o decreto de reajustes salariais acima da inflação antes das eleições de outubro. Com isso, servidores do Banco Central (BC), que decretaram greve esta semana por terem os vencimentos congelados, ameaçaram intensificar a paralisação.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, havia adiantado aos associados da Federação Nacional dos Policiais Penais Federais (Fenappf) que o governo estava novamente comprometido com o reajuste dos pagamentos e a reestruturação das carreiras por “determinação do presidente”.
Além dos servidores do BC, Tesouro Direto e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que também pressionam o governo por reajustes e reestruturação de carreiras.
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“A greve será ainda mais forte e poderá interromper, total ou parcialmente, o PIX, a distribuição de moedas e cédulas, a divulgação do boletim Focus e de diversas Taxas, o funcionamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), a mesa de operações do Demab e outras atividades”, disse Fábio Faiad, presidente do Sindicato de Servidores do Banco Central (Sinal).
O orçamento de 2022 prevê montante de R$ 1,7 bilhão para reajustes salariais. Contudo, a legislação eleitoral proíbe o aumento salarial de servidores públicos em porcentagens acima da inflação no período de seis meses antes da data do pleito. Como o primeiro turno está previsto para 2 de outubro, o Executivo tem até este sábado para publicar a decisão.