O Ministério da Gestão e Inovação assinou, nesta quinta-feira (25), um acordo com representantes sindicais do serviço público federal para implementar um reajuste em 51,9% no valor dos auxílios concedidos às categorias.
Com o acordo, o auxílio-alimentação previsto para servidores públicos federais, atualmente estipulado em R$ 658, passa a ser de R$ 1 mil ao mês. O auxílio-saúde passa de R$ 144 para R$ 215 e o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484. Segundo o governo, a previsão é que os novos valores passem a valer já no mês de maio, a partir de uma portaria prevista para ser publicada na segunda-feira (29).
O presidente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Consef), Sérgio Ronaldo da Silva, disse à Agência Brasil que a decisão não garante o fim da reivindicação dos funcionários públicos pela recomposição salarial. O líder sindical antecipa que o próximo passo da categoria é de pressão por reajustes salariais de 7% a 10%.
Em 2023, o governo e os sindicatos de representação do serviço público conseguiram um reajuste salarial de 9%. Esse valor, porém, não recompõe as perdas de poder de compra acumuladas desde a gestão de Michel Temer, quando foram congelados os reajustes, política continuada por Jair Bolsonaro. Sérgio Silva considera que, diante da indisposição dos governos anteriores em garantir reajustes para o setor, a oportunidade para avançar com as negociações está na atual gestão.
O acordo também amplia o leque de mesas específicas da Mesa de Negociação Permanente do Ministério, visando incluir todas as categorias que ainda não as possuem. Com isso, o governo busca articular a respeito das demandas de cada setor do serviço público.
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