Ainda ministro-chefe da Casa Civil, o general da reserva Luiz Eduardo Ramos afirmou nesta quarta-feira (21) que foi pego de surpresa com o anúncio de que sua vaga será cedida ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos líderes do chamado “Centrão” no Congresso. Em entrevista à jornalista Eliane Cantanhêde, do jornal ‘O Estado de S. Paulo’, o ministro disse: “Eu não sabia Fui atropelado por um trem”.
Ao lado de Jair Bolsonaro desde o primeiro dia, Ramos – que foi para a reserva para se manter no governo – foi durante dois anos ministro-chefe da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política com o Congresso Nacional. O militar, que se destacou pela sua missão no Haiti, foi sacado do cargo para a entrada da então deputada Flávia Arruda.
À reportagem do ‘Estadão’, Ramos reconhece que a saída do cargo, planejada para a próxima semana, se deu por motivos políticos. O general, no entanto, não deu sinais de desapontamento ou decepção com o presidente Bolsonaro, e disse que estaria pronto para uma nova missão.
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A reforma ministerial proposta por Bolsonaro planeja trazer para dentro do Palácio do Planalto uma das legendas mais importantes do Centrão, o que contraria uma premissa adotada desde a campanha eleitoral do então deputado federal Jair: a de que não haveria espaço, em seu governo, para compadrio político. Apertado, por um lado, por denúncias reveladas na CPI da Covid, e por outro com pedidos de impeachment na mão de um presidente interino da Câmara, Bolsonaro anunciou a troca.
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