Nos três primeiros anos do governo Bolsonaro a Codevasf recebeu aproximadamente R$ 3 bilhões em emendas parlamentares para obras que não tiveram o valor real de execução comprovados. O levantamento considerou os repasses feitos até o final de 2021 e constam em um relatório de auditoria independente da Russell Bedford divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo.
A Codevasf – que corresponde à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba – é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, pasta tradicionalmente controlada pelo centrão. Até o mês passado o ministério estava sob o comando de Rogério Marinho (PL).
Ainda de acordo com o jornal, a Condevasf recebeu, no ano passado, em emendas parlamentares, o equivalente a 61% das dotações da empresa.
O documento ressalta, porém, que a estatal encerrou o exercício “verificando a exist~encia de operações” para apresentar números de maneira confiável. No balanço, a Codevasf afirmou ter um saldo de R$ 2,7 bilhões na rubrica, mas os auditores dizem não ser possível “opinar sobre os saldos dessas contas e os componentes das demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa”.
Em 2021 a Condevasf registrou um prejuízo de R$ 358 milhões.
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