Opera no Ministério da Educação (MEC) suposto gabinete paralelo de pastores, que assessoram o ministro Milton Ribeiro em assuntos como agendas para “alinhamento político” e até na distribuição de verbas federais destinadas à educação do país. As informações são do jornal Estado de São Paulo.
Os pastores Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, e Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da entidade.
Nos últimos 15 meses os dois estiveram presentes em 22 compromissos oficiais no MEC, 19 deles com a presença do ministro. Algumas das reuniões são descritas como “alinhamento político”.
Segundo a reportagem, o gabinete atua como um lobby, e tem palpite na decisão de destinação de recursos da pasta, além de intermediar encontros com autoridades de governo estaduais e empresários. Ainda se beneficiam dos vôos da Força Aérea Brasileira (FAB).
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Especialistas em direito público ouvidos pelo jornal apontam irregularidades como tráfico de influência e usurpação da função pública pelos pastores. “Qualquer pessoa pode levar determinados pleitos a algum representante do poder público. É legítimo. Agora, a partir do momento que passa a ser uma prática, um exercício de uma atividade pública (por alguém que não faz parte da administração), configura o crime”, afirma o advogado Cristiano Vilela.
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