O advogado Ricardo Salles (Novo), futuro ministro do Meio Ambiente no governo Jair Bolsonaro (PSL), foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa nessa quarta-feira (19). O juiz Fausto José Martins Seabra, da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, entendeu que Ricardo favoreceu empresas de mineração em 2016, quando era secretário estadual do Meio Ambiente de Geraldo Alckmin (PSDB). Cabe recurso contra a decisão.
Seabra determinou a suspensão dos direitos políticos do futuro ministro por três anos, pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público. As irregularidades ocorreram, de acordo com o magistrado, quando o então secretário acolheu mudanças feitas nos mapas de zoneamento do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê.
Segundo o juiz, a medida não causou prejuízo efetivo ao meio ambiente porque o plano alterado por Ricardo não foi aprovado, também não houve lesão ao erário nem enriquecimento ilícito. A indicação do advogado para o ministério gerou manifestações negativas de ambientalistas, que o consideram muito afinado com o setor produtivo e pouco identificado com as causas ambientais.
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