O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou pelas redes sociais, na manhã desta terça-feira (7), a volta do ex-presidente Jair Bolsonaro ao próximo Brasil. Mas, minutos depois, voltou atrás. Segundo ele, Bolsonaro pisaria o solo brasileiro na quarta-feira da próxima semana (15), dois meses e meio após ter viajado para os Estados Unidos e ter se recusado a passar a faixa presidencial para o seu sucessor, o presidente Lula. O primogênito convocava, na mensagem publicada por volta das 8h30, a militância a sair de verde e amarelo às ruas para fazer uma grande festa recepcionar o seu pai, chamado por ele de “nosso líder”.
Cinco minutos depois, no entanto, o senador voltou atrás e apagou a mensagem: “Peço desculpas pela postagem anterior, deve ser a saudade grande! Na verdade a data de retorno do nosso líder @jairbolsonaro no dia 15/março era provável, mas não confirmada ainda. Assim que houver uma data definitiva ele mesmo divulgará, tá ok!”.
Peço desculpas pela postagem anterior, deve ser a saudade grande! Na verdade a data de retorno do nosso líder @jairbolsonaro no dia 15/março era provável, mas não confirmada ainda. Assim que houver uma data definitiva ele mesmo divulgará, tá ok!
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Publicidade— Flavio Bolsonaro #B22 (@FlavioBolsonaro) March 7, 2023
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Os comentários em relação à volta do ex-presidente se dividiram entre a comemoração dos bolsonaristas e as ironias feitas pelos críticos de Bolsonaro, que lembraram das investigações envolvendo o ex-mandatário e o seu governo. Entre elas, a suspeita de que ele e Michelle Bolsonaro queriam ficar, como presente pessoal para si mesmos, com joias avaliadas em R$ 16,5 milhões dadas pelo governo da Arábia Saudita. O caso será investigado pela Polícia Federal.
PublicidadeO presente foi apreendido pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, transportado na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em outubro de 2021. Segundo a Receita, não foram observados os trâmites legais para que o mimo milionário fosse incorporado ao acervo público da União, conforme se prevê para esse tipo de caso.
Ao voltar ao Brasil, Bolsonaro terá de enfrentar uma série de investigações. Entre elas, a de que coordenou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, com a invasão e a depredação dos prédios do Supremo Tribunal Federal, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional. Levantamento do jornal O Globo mostrou que, até 23 de fevereiro, os gastos do “autoexílio” presidencial nos Estados Unidos havia custado cerca de R$ 450 mil em diárias dos assessores que o acompanham na condição de ex-presidente. Segundo a Folha de S.Paulo, outros R$ 667,5 mil foram dispendidos com diárias, hospedagens, aluguel de veículos e intérpretes, entre outras despesas, de quando Bolsonaro ainda era presidente.
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