A ministra Flávia Arruda, da Secretaria-Geral de Governo, pediu licença do cargo no Governo Federal e ficará afastada da pasta até o dia 21 de janeiro para tratar de “assuntos particulares”. A licença da parlamentar, que passou a valer desde ontem (13), constou na publicação do Diário Oficial da União desta sexta-feira (14).
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Arruda é a única representante do PL, novo partido do presidente Jair Bolsonaro. Nas últimas semanas, a ministra vem sofrendo pressão de integrantes do Centrão, que pedem sua exoneração com a justificativa de que ela não cumpre acordos de repasses de emendas.
Aliados da deputada, no entanto, afirmam que a competência do repasse das emendas é feita pelo Ministério da Economia. Segundo eles, a ministra não possui responsabilidade na liberação de verbas.
Leia a íntegra:
Dias antes do anúncio do afastamento, Bolsonaro saiu em defesa da deputada e disse que ela não seria demitida ‘pela imprensa’, que vem divulgando a disputa nas últimas semanas. O afastamento da única integrante do novo partido do presidente também acontece no momento em que Valdemar Costa, líder do PL, busca mais espaço no governo.
Descontentamento
Os sinais de insatisfação com o mandato de Flávia Arruda começaram a surgir na imprensa no início deste mês. Em texto no jornal “O Globo”, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi apontado como um dos descontentes com a ministra – que tem como função gerenciar a relação com o Congresso. O valor reclamado pelo deputado seria seria superior a R$400 milhões. Ao jornal, o parlamentar disse que “não havia um único deputado satisfeito” em sua bancada, e que a atitude da ministra seria “falta de respeito”.
Valdemar, que comanda a sigla do PL, já foi condenado a a sete anos e dez meses de prisão pelo escândalo do Mensalão, e teve seu nome ligado também ao escândalo de corrupção da Lava Jato. O ex-deputado também conseguiu em 2020 o seu maior trunfo – filiar Jair Bolsonaro, visando as eleições de 2022.