O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, confirmou nesta sexta-feira (17) que há um registro no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro constatando a aplicação de uma dose de vacina contra a covid-19. O imunizante, fabricado pela Janssen, teria sido aplicado em 2021, primeiro ano da campanha vacinal no Brasil. A CGU, porém, ainda investiga se o registro é verdadeiro. Há uma suspeita de que ele possa ter sido inserido por hackers ou de alguma outra forma adulterado, até mesmo por ele mesmo para não enfrentar barreiras de outros países.
A aplicação, conforme o documento, se deu no mês de maio, poucas semanas antes da viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos para participar do encontro da Cúpula das Américas. O período em questão foi um dos de maior atividade de Bolsonaro e seus aliados contra o uso das vacinas para covid-19, em que o ex-presidente chegou a alegar que participaria da reunião internacional sem o imunizante.
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A CGU, porém, ainda não concluiu a apuração sobre o uso da vacina por parte de Bolsonaro. A controladoria segue apurando se o presidente de fato recebeu a dose ou se houve adulteração de seu cartão de vacinação para que pudesse entrar em outros países sem enfrentar barreiras. Em janeiro, um grupo de hackers chegou a divulgar um cartão de vacinação como sendo de Bolsonaro.
Por conta da investigação, a CGU transferiu para o dia 13 de março a decisão sobre a retirada ou não do sigilo sobre o cartão de vacinação de Bolsonaro.
O imunizante da Janssen foi uma das plataformas testadas no Brasil, chegando a contratar laboratórios em Brasília. Foi também a primeira vacina de dose única.
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