Na primeira reunião com os ministros do governo nesta sexta-feira (6), o presidente Lula (PT) falou por cerca de 15 minutos. O presidente destacou a importância da boa relação do governo com o Congresso e disse que era importante ser “político”, mas que não poderia fazer “coisa errada”.
“É preciso que a gente saiba que é o Congresso que nos ajuda, nós não mandamos no Congresso, dependemos do Congresso – e por isso, cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado ou cada deputada que o buscar”, disse o presidente.
“Quando a gente vai pedir um voto, vai falar com um deputado ou senador, ele diz: ‘Eu não vou votar, porque fui em tal ministério, nem me receberam, me deram um chá de cadeira de quatro horas, o ministro nem serviu um cafezinho ou uma água’. Eu não quero isso”, defendeu.
Lula manteve o discurso da campanha em defender o debate político e a importância da política na condução do governo. Sobre o Congresso, o presidente enfatizou a importância dos ministros em terem uma convivência harmônica com deputados e senadores.
“Não tem importância que você divirja de um deputado ou de um senador. A gente não está propondo um casamento, a gente está propondo aprovar uma tese ou fazer uma aliança momentânea em torno de alguma assunto que interessa ao povo brasileiro”, completou.
Nossa primeira reunião ministerial. Agradeço nossos ministros e ministras por terem aceitado o convite de participar do governo. Contem com o meu apoio e cobrança para construirmos uma boa gestão para o povo brasileiro.
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— Lula (@LulaOficial) January 6, 2023
A reunião foi acompanhada pelos líderes do governo e do PT no Senado, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Jacques Wagner (PT-BA), respectivamente.
“Todo mundo sabe da nossa responsabilidade, da nossa obrigação de fazer as coisas da melhor forma possível. Quem fizer coisa errada, a pessoa, da maneira mais educada possível, será convidada a deixar o governo. E, se cometeu algo grave, deve se colocar diante das investigações e da própria justiça”, reforçou.
A declaração do presidente acontece no momento em que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), enfrenta uma crise por ser acusada de ter relações com milícias. A ministra foi indicação do partido do deputado federal Luciano Bivar (União-PE). O governo disse que não há motivos para demissão.
Lula agora deve realizar uma reunião com os governadores de estado no dia 27. A expectativa é que os dirigentes estaduais tragam demandas prioritárias dos estados e do Distrito Federal. Lula também quer melhorar a relação do governo federal com o entes federativos.
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