Após a entrevista do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ao programa Fantástico, da TV Globo, parlamentares alinhados ao presidente Jair Bolsonaro utilizaram as redes sociais para criticar a fala do ministro e comentar uma possível demissão.
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Durante a entrevista veiculada no último domingo (12), Mandetta afirmou que é necessário que as estratégias do governo sejam unificadas, pois, no momento, existe uma “dubiedade” que confunde a população que acaba dividida entre seguir as orientações da Saúde ou do presidente. “[…] leva para o brasileiro uma dubiedade: não se sabe se escuta o ministro, o presidente”. O deputado Bibo Nunes (PSL-RS) condenou essa fala. Segundo ele, Mandetta se comparou a Bolsonaro e previu que por conta disso o ministro “deverá sair do Governo depois da entrevista”.
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Mandeta deverá sair do Governo depois da entrevista no Fantástico!
Se comparou com o Predidente ao dizer que a população não sabe se segue o Presidente ou ele.
Creio que a intenção era não falar isso, mas falou…
Desrespeito com a liderança do Presidente!
Fatal!@jairbolsonaroPublicidade— Bibo Nunes (@bibonunes1) April 13, 2020
O parlamentar Filipe Barros ( PSL-PR) também apostou na demissão do ministro. “Me parece claro que Mandetta está forçando ser demitido” publicou no Twitter.
Depois da entrevista de hoje, me parece claro que Mandetta está forçando ser demitido.
— Filipe Barros (@filipebarrost) April 13, 2020
Ao Fantástico, Mandetta divergiu de Bolsonaro e projetou que o pico da covid-19 deve ocorrer nos próximos dois meses . “A gente imagina que maio e junho serão os 60 dias mais duros para as cidades”, estimou. A análise do ministro, que segundo ele foi baseada em projeções e simulações, foi debochada pelo deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). Veja o tuíte abaixo:
Na reta eu paro, na curva eu acelero. #BolsonaroEstavaCerto @CarlosBolsonaro pic.twitter.com/9DPTb5yZwN
— Daniel Silveira (@danielPMERJ) April 13, 2020
No Facebook, o deputado José Medeiros (Pode-MT), sinalizou que discordâncias entre Mandetta e Bolsonaro são sinais de que o ministro pretende deixar o cargo.
O embate entre as duas autoridades tornou-se público nas últimas semanas. O principal motivo do desentendimento são as orientações de prevenção contra o coronavírus que são recomendadas pelo Ministério e desconsideradas pelo presidente. No último dia 5 (domingo), Bolsonaro disse, sem citar nomes, que tem ministros achando que são estrelas.