O deputado Coronel Armando (PSL-SC) testou positivo para a covid-19 nesta terça-feira (28), um dia após ter se encontrado com Jair Bolsonaro, sem distanciamento e sem máscara, durante as férias do presidente em Santa Catarina. Armando fez os exames depois que sua esposa apresentou sintomas da doença.
As primeiras informações sobre o assunto foram publicadas pela CBN Joinville e confirmadas pelo Congresso em Foco com o próprio deputado.
Por telefone, Armando contou ao site que está assintomático e que decidiu fazer o teste após sua esposa, que estava há dois dias com dor de cabeça, testar positivo para a doença. Os dois resolveram fazer o teste porque iriam a um casamento em Curitiba. Segundo o deputado, tanto o exame de sangue quanto o nasal detectaram a presença do vírus.
Ele disse que, assim que tomou conhecimento do resultado do exame, procurou imediatamente Bolsonaro e sua equipe para avisá-los do diagnóstico. “Mandei mensagem para o presidente. Liguei para o chefe de gabinete e avisei a equipe médica do presidente. Ele tem estrutura para fazer o teste quando achar necessário. Creio que fará em dois ou três dias”, afirmou o deputado.
Em recesso, Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, estão na região de São Francisco do Sul desde essa segunda. A família deve passar o réveillon no litoral catarinense. Na semana passada ele havia passado alguns dias em Guarujá (SP). Armando ressaltou que seu contato com o presidente foi breve, algo em torno de dez minutos, e que, com o diagnóstico, desistiu de voltar a São Francisco do Sul, onde teria novo encontro com Bolsonaro.
Esta é a segunda vez que Coronel Armando é diagnosticado com covid-19. Na primeira vez, em maio, ele chegou a ser internado para tratar da doença. Na ocasião, o deputado tinha tomado apenas a primeira dose da vacina. “Passei 17 dias internado no hospital. Cheguei a ter 15 litros de oxigênio, quase fui intubado”, explicou.
Armando contou que tomou duas doses da vacina e que espera tomar a dose de reforço em breve. “Eu defendo a vacina. Ela tem uma finalidade. Não sou a favor de obrigar, mas de conscientizar as pessoas. A doença vem mais devagar e diminuiu o fluxo de pessoas nos hospitais. Tomei e tomarei a dose de reforço”, reforçou.
O Congresso em Foco procurou o Palácio do Planalto, mas ainda não houve retorno.
Bolsonaro é chamado de vagabundo por curtir férias enquanto Bahia sofre com enchentes
Colaborou Sandy Mendes