Em nota elaborada por sua representação jurídica, o chefe de gabinete do Ministério da Saúde, João Lopes de Araújo Júnior, nega ter feito ameaças à secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Mayra Pinheiro, funcionária do ministério conhecida como ‘Capitã Cloroquina’. O assessor de gabinete acrescenta que fará denúncia às autoridades competentes por comunicação falsa de crime, falsidade ideológica e denunciação caluniosa.
O assessor nega que exista conflito entre os servidores do Ministério da Saúde. “O Ministério da Saúde deve ser visto como uno e sua equipe nunca esteve tão unida quanto este momento em prol da proteção da vida nacional e da saúde de todos”, declara. Acrescenta afirmando que a relação entre João Lopes e Mayra Pinheiro sempre foi fraternal, e que conflitos fazem parte do ofício dentro do Ministério.
A expressão “cuidado, você vai ter a mão de Deus sobre você. Prepare-se”, presente nas mensagens da conversa vazada entre o assessor e a secretária, de acordo com sua defesa, não possui caráter de ameaça. “É um jargão religioso utilizado no âmbito da instituição evangélica frequentada por ambos e até alguns dias atrás, de modo conjunto”, afirma.
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As falas em tom acusatório contra Mayra Pinheiro foram, de acordo com a defesa, proferidas a fim de cumprir o dever enquanto chefe de gabinete. “O Sr. João Lopes, (…) sempre velará pela integridade de toda a equipe do Ministério da Saúde e continuará defendendo os interesses do Ministro pelo contínuo progresso da saúde de nosso país, pois, caso assim não o seja, o próprio João Lopes pode acabar cometendo crime de prevaricação por omissão”, declara.
Confira a seguir a nota na íntegra:
PublicidadeEntenda o caso
Mensagens vazadas na última sexta-feira (8) pelo portal G1 entre Mayra Pinheiro e João Lopes revelaram um provável conflito entre os dois. Sem que houvesse revelação do que tenha iniciado a discussão, o chefe de gabinete acusou Mayra Pinheiro de conspirar contra o ministro da saúde Marcelo Queiroga, bem contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. No fim das acusações, Mayra Pinheiro afirmou que denunciaria o assessor na Polícia Federal, e que este responderia criminalmente por todas as suas declarações.
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