O presidente Jair Bolsonaro deve nomear até a próxima semana o sucessor de Onyx Lorenzoni no Ministério da Cidadania. A indicação cabe ao Republicanos e a escolha do partido está entre os deputados João Roma (BA), Márcio Marinho (BA) e Jhonatan de Jesus (RR).
Bolsonaro já confirmou que Onyx vai assumir a Secretaria Geral da Presidência, abrindo espaço para indicação partidária na pasta da Cidadania, responsável pelos programas sociais do governo, como o Bolsa Família.
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Quanto ao partido de Arthur Lira, o PP, a avaliação na bancada a de é que ainda é cedo para definir a ocupação de um ministério. Avaliam também já ter conquistado um bom espaço ao ganhar a presidência da Câmara.
Uma fonte da legenda disse ao Congresso em Foco que o Republicanos construiu uma diálogo direto com Bolsonaro e as conversas para assumir um ministério existem desde meados de 2020.
“É muito fácil fazer a leitura de que isso é uma moeda de troca na eleição de Lira para Mesa. Parece que o mundo gira em torno disso, mas não é isso exatamente. Tem movimentações? Tem. Mas essa conversa do Republicanos tem uma gênese diferente, ela não começou na eleição da Mesa Diretora”, declarou um deputado da legenda.
O Republicanos passou a ficar mais próximo do governo após o presidente da sigla, Marcos Pereira, se afastar do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), rival de Bolsonaro.
Pereira e Maia eram aliados próximos até a corrida pelo comando da Câmara, quando Maia lançou Baleia Rossi (MDB-SP) e o dirigente do Republicanos apoiou Lira.
“Até se consolidou, óbvio, fortaleceu depois que Marcos Pereira se distanciou do Rodrigo, mas a conexão não é essa, começa em maio [de 2020] quando houve café da manhã e aproximação com Bolsonaro. Isso passa em outubro [de 2020] com a conversa da cisão do Ministério da Indústria e Comércio, que Marcos Pereira não aceitou naquele momento porque queria ser presidente da Mesa”.