O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Pereira Leite, indicou que o país deve se portar como um negociador por maiores contribuições de países ricos ao combate às mudanças climáticas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021. A rodada de negociações, conhecida como Cop26, será realizada a partir de domingo na cidade escocesa de Glasgow.
Em um almoço com a Frente Parlamentar de Empreendedorismo, à qual o Congresso em Foco teve acesso, o ministro indicou que o governo tentará atuar pelo consenso de temas como um imposto internacional sobre o mercado de carbono, com o objetivo de financiar uma nova economia verde em países em desenvolvimento. “Consenso não significa unanimidade, mas o início de uma construção”, disse para uma plateia de parlamentares e empresários.
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Em negociações anteriores, ocorridas em 2019, países como Estados Unidos e Suíça barraram o apoio à possibilidade de um imposto sobre o tema, sugerido pela África do Sul, de acordo com o depoimento do sucessor de Ricardo Salles.
O ministro indicou ser contrário à proposta de países desenvolvidos de um investimento de US$ 100 bilhões para que países em desenvolvimento adotem políticas de redução de impactos das mudanças climáticas, um dos temas centrais da COP26. O ministro citou o caso do Reino Unido, que pretende gastar 1 trilhão de libras esterlinas (R$ 7,7 trilhões) apenas para neutralizar as emissões de carbono nacionalmente.
Joaquim evitou dizer como tem sido a negociação que lidera junto a membros do Itamaraty – no pouco que revelou, disse já ter participado de 60 reuniões, e ainda outas seis nesta terça-feira (26), mas disse ser favorável à soluções empreendedoras para a questão ambiental. “Não se deve parar o mundo para salvar o planeta, deve-se empreender o mundo para salvar o planeta”, concluiu.
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