Por meio das redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro falou com apoiadores que realizam neste domingo (1º) atos em várias cidades do país em defesa do voto impresso. Os protestos são realizados mesmo após o próprio presidente reconhecer, na última quinta-feira (29), não ter provas de que as eleições de 2018 foram fraudadas.
Bolsonaro repetiu, novamente sem apresentar qualquer prova, que há “indícios fortíssimos de manipulação” nos resultados do pleito e atacou: “Quem fala que ela [a urna eletrônica] é auditável e segura é mentiroso, é quem não respeita a democracia”.
Aos apoiadores, novamente de forma indireta, o presidente disse que “algumas pessoas aqui do planalto central, usando a força do poder, querem a volta daqueles que saquearam o país há pouco tempo, querem a impunidade e a corrupção”.
Bolsonaro seguiu com as ameaças de que “sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição” em 2022. “Vocês são o meu exército […] Nós não esperaremos acontecer para depois tomar providências. Juntos, nós faremos o que for necessário”, afirmou.
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Deputados bolsonaristas postaram nas redes sociais registros dos atos deste domingo:
Manifestação pelo voto impresso em Niterói. Dez mil pessoas lotaram a Praia de Icaraí pedindo que a soberania popular seja respeitada com mais transparência nas eleições. pic.twitter.com/F0ldvJRALd
— Carlos Jordy (@carlosjordy) August 1, 2021
Brasilia ta gigante! #Dia01VaiSerGIGANTE pic.twitter.com/5EPCsFeeKn
— Bia Kicis (@Biakicis) August 1, 2021
Copacabana, Rio de Janeiro-RJ, é o #BrasilPeloVotoAuditavel! 💪🇧🇷pic.twitter.com/SflMYJQ3wE
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) August 1, 2021
A proposta de emenda à Constituição do voto impresso é de autoria da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) e tem como relator o também bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR). Onze partidos políticos já se manifestaram contra a proposta e chegaram a alterar a composição da comissão especial que analisa a PEC para barrar o texto.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem reiteradamente desmentido declarações do presidente da República sobre supostas fraudes nas eleições. Neste sábado (31), onze partidos acionaram a corregedoria da corte pedindo para que Bolsonaro seja obrigado a apresentar provas e a prestar esclarecimentos sobre as acusações que têm feito.
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